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José Teixeira. Presidente da DST, contra o pacote Laboral - "Deixem os trabalhadores em paz."
Empresário de Braga diz que alteração da lei “não faz sentido”
Por Paulo Silva
Publicado em 10/12/2025 09:35
Economia
dst. S.A

José Teixeira, presidente da DST, construtora de Braga, considera que a revisão da legislação laboral apresentada pelo Governo “não faz sentido”, diz que está a ser influenciada por “alguns empresários muito conservadores” e faz um apelo: “Deixem os trabalhadores em paz”.

Em entrevista ao ‘podcast’ Liga dos Inovadores, da SIC Notícias, quando questionado sobre a revisão da legislação laboral, José Teixeira respondeu: “Vou-lhe dizer uma cosia que pode chocar. Eu diria: deixem os trabalhadores em paz. Nunca traria o tema da legislação laboral para aqui. E também pelo lado dos sindicatos, da UGT e CGTP, eu daria um conselho, não se metam a querer alterar, com este figurino no Parlamento, a lei laboral, ou alterar a constituição, porque isto não está para se mudar a favor dos trabalhadores. Portanto, era melhor não ter mexido”.

O patrão da DST considera, ainda, que, “do ponto de visto do empresário, é uma espécie de bulimia, há coisas que não acrescentam nada”.

“Já alguém ouvi dizer que problema da competividade tem a ver com a legislação laboral dos países? Ninguém diz, nem o Mario Draghi [economista, ex-primeiro-ministro italiano]. Nunca ninguém ouviu isso. O que existe é alguns empresários muito conservadores, muito egoístas, que depois influenciaram. Não precisávamos, por haver um incumprimento mínimo na amamentação, de criar uma regra para todos. O tema dos contratos a prazo por mais anos, o setor não precisa disso para nada. Está-se a fazer uma batalha por pouca coisa e vamos ter aqui uma greve geral que se podia evitar. Não faz sentido nenhum, do ponto de vista da produtividade, avançar com estas propostas, deixem estar os trabalhadores em paz”, reforça o empresário bracarense.

“Os colegas com quem falo dizem todos a mesma coisa: isto é extemporâneo”

Confrontado com o facto de as propostas do Governo terem sido feitas à imagem da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, José Teixeira responde: “Eu sei, mas se houvesse um escrutínio, uma recolha das opiniões do empresário e não fosse decidido na cúpula, acho que isto não avançava, porque os colegas com quem falo dizem todos a mesma coisa: isto é extemporâneo, está fora de contexto, não faz sentido nenhum discutir isto”.

O líder da DST nota ainda que a alteração da legislação laboral não estava no programa do Governo” e que foi introduzida por “meia dúzia de empresários” que “não representam o país”.

“Se houvesse essa escuta ao trabalho propriamente dito, os empresário iam dizer: os fatores de contexto são mais importantes, as barreiras que temos, as demoras nos licenciamentos, isso é que precisamos de resolver”, acentua.

Tem que se “respeitar” os sindicatos

Por, sobre a greve geral de quinta-feira, José Teixeira defende que se tem de “respeitar” os sindicatos, que “fazem o seu papel”.

“Os sindicatos acham que é uma mudança estrutural na lei e temos que respeitar isso. A UGT está agora a ser chamada e está em conversações, mas eu acho que não se deve isolar a CGTP, é a minha ideia. E tentar na concertação social fazer pontes”, remata.

Fonte: O Minho 10.12.2025

 

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